Gestar e dar à luz: trabalhos socialmente ignorados
ADENAIDE AMORIM LIMA
Doutoranda em Filosofia pela UFSM
Mestre em Educação pela UESB
LISIANE DA SILVA ZUCHETTO
Doutoranda em Filosofia UFSM
Mestre em Direito pela UPF
Introdução
Defendemos a procriação humana como trabalho. Conforme veremos ao longo deste texto, a procriação humana, semelhante às de outras espécies de animais, sempre esteve relacionada à sobrevivência da espécie, porém, diferentemente das outras espécies de animais, a finalidade do trabalho procriativo nos humanos adquiriu novos contornos e propósitos a partir da complexificação das organizações sociais, do surgimento do Estado e da acumulação do capital.
Não entraremos na questão da maternidade (relação mãe-criança) ou maternagem
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Revista Paradigmas 52
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O absurdo da existência em Camus: Reflexões sobre sua peça O equívoco
Maurício Uzêda de Faria
Doutorando em Filosofia - UFBA
A revolta e o absurdo são noções centrais na filosofia de Camus. Além de estarem presentes, como núcleos principais, em O homem revoltado e O mito de Sísifo, respectivamente, os referidos temas perpassam também suas obras literárias, como O estrangeiro, A peste, O equívoco, etc. A relação entre as duas noções é exposta nas primeiras páginas de O homem revoltado, em que Camus relaciona o problema do suicídio e do absurdo, como aparece em O mito de Sísifo, ao do homicídio e da revolta, em O homem revoltado (CAMUS, 1999, p.15). Embora neste último ensaio Camus trate principalmente do assassinato como ação política, em outros momentos podemos ver como este problema – do “direito” de matar, ou do crime travestido de inocência – aparece fora da esfera política.
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Espaço-poesia
No labirinto do viver
No labirinto do viver
Entre o caminhar e crescer
O mais importante são as perguntas
E as respostas sendo doces ou amargas
São combustível para o tempo
Anseios combinam com dúvida
Entre os laços que clareiam o divino
A clareza nem sempre é presente
Sentir deve ser conivente
Só para o que oriente
Este furacão que é sentir e viver
Robson Peres
Poeta e autor de vários livros
Violinista
HÁ UMA EQUIVALÊNCIA ENTRE VIDA E FILOSOFIA?
JASSON DA SILVA MARTINS
Doutorando em Filosofia – (UFBA)
Mestre em Filosofia – (UNISINOS)
Introdução
Em breve momento na história – em algumas escolas helenísticas – podemos dizer que houve uma equivalência entre viver e filosofar. O que é mais comum à tradição filosófica é uma reflexão sobre vida e filosofia ou sobre existência e filosofia. Apesar de restrita, a discussão sobre uma possível equivalência entre viver e filosofar é permanente.
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