O ideal ascético: Um confronto entre natureza e cultura
JOSÉ CARLOS SILVA ROCHA COSTA
Licenciado em Filosofia – (UESB)
Mestrando em Filosofia – (UFBA)
Introdução
Neste texto, à luz do pensamento de Friedrich Nietzsche, abordaremos o ascetismo de natureza metafísico-religiosa, que concebe o ideal ascético como uma renúncia à existência natural. Destacaremos o papel desempenhado pelos sacerdotes ascéticos na promoção dessas ideias, os quais rejeitam a vida em prol de uma realidade distinta e imutável. Nietzsche postula que o ascetismo desempenha o papel de um recurso psicológico, desviando o ressentimento daqueles que enfrentam o sofrimento.No entanto, ele adverte que esse ideal ascético, ao invés de fortalecer, enfraquece o indivíduo e a cultura. Em resumo, Nietzsche explora a complexidade do ascetismo e seu impacto na interpretação da vida.
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NÃO SEI, SÓ SEI QUE É ASSIM:
DAVID HUME E O PROBLEMA DA CAUSALIDADE
DIEGO CARMO DE SOUSA
Licenciado em Filosofia – (UESB)
Mestrando em Filosofia – (UFMG)
Introdução
Em verso bastante conhecido, Hamlet escreve para Ofélia que ela poderia duvidar de que o Sol tivesse calor, mas não do amor que ele sentia por ela. Assim, o amor que ele sentia por ela era tão certo e verdadeiro quanto o fato de que o Sol produz calor e aquece o que toca. Mas será que, de fato, podemos estar seguros de tal relação entre o Sol e o calor? Ora, direis, duvidar de tamanha obviedade? Certo perdeste o senso, diria Olavo Bilac. De fato, é comumente assente pelo senso comum de que todo efeito decorre de alguma causa.
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Surgimento e objetivo do cogito agostiniano
Daniel Gomes Cunha
Graduado em Filosofia (UESB)
Aurélio Agostinho, posteriormente conhecido como Santo Agostinho, bispo de Hipona, em uma obra de juventude, intitulada Contra os acadêmicos, formulou pela primeira vez uma concepção de cogito, muito antes de Descartes. Se esta ideia é anterior à filosofia moderna, ela guarda alguma semelhança? Com que objetivo Agostinho desenvolveu essa ideia? Responder estas perguntas é o nosso objetivo no que segue.
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O TEMPO E O ESPAÇO NA CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO
CEZAR AUGUSTO VIEIRA JUNIOR
Doutorando em Filosofia – (UFSM)
Mestre em Psicologia – (UFSM)
Bolsista CAPES
Introdução
Na busca da compreensão acerca da constituição do sujeito precisamos pensar, primeiramente, na questão da historicidade do ser humano. Isso significa dizer que ele é constituído através de sua história, mas não de uma forma isolada, pois ele também é parte do mundo e participa ativamente de sua construção em conjunto com a coletividade.
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Nietzsche e os desafios filosóficos da modernidade
José Carlos Silva Rocha Costa
Doutorando em Filosofia - UFBA
Para boa parte da tradição filosófica, iniciada com Platão, a concepção de uma mente divina serviu como o ponto de referência máximo, como a fonte e o critério para definir o que era a verdade e quais eram os valores que deveriam vigorar. É claro que hoje em dia, no interior da tradição filosófica, não é mais assim que valoramos e definimos o que é a verdade. Esse processo de secularização do modo de pensar tem uma longa história e diversos personagens importantes. No presente texto eu gostaria de apresentar alguns aspectos desta mudança a partir do pensamento de Nietzsche.
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