Notas sobre a ecologia política em Félix Guattari, Roger Scruton e Michael Löwy
Alan dos Santos
Doutor em Educação, Arte e História da Cultura (Mackenzie)
Docente da UNIMES e da UNOESTE
A proposta deste brevíssimo artigo é pensar o meio ambiente a partir de uma perspectiva filosófica e conceitual. Para isso, refletiremos a partir do pensamento de três filósofos contemporâneos que se detiveram ao tema: Félix Guattari, autor de As três ecologias (1990), pensador e ativista francês do final do século XX, alguém próximo dos movimentos autonomistas e o parceiro literário de Gilles Deleuze; Roger Scruton, autor de Filosofia verde: como pensar seriamente o planeta (2016), britânico, pensador identificado com a tradição conservadora; e, por fim, Michael Löwy, autor de Manifesto Ecossocialista Internacional (2014), pensador francês erradicado no Brasil, com pesquisas importantes sobre a interface entre surrealismo, profetismo e marxismo.
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Ceticismo ou a arte de viver sem razões
Jasson da Silva Martins
Doutorando em Filosofia – (UFBA)
Mestre em Filosofia – (UNISINOS)
Introdução
Já faz algum tempo que tenho me inclinado a pensar alguns aspectos da tradição filosófica sob uma outra perspectiva, aquela que pode ser caracterizada como exercício espiritual, a partir de Pierre Hadot. Meu objetivo no presente texto não é expor as teses de Hadot, mas avançar, à minha maneira, na compreensão/apreensão de um tema caro à tradição cética que possui relevância e importância para a vida. Apresentar uma concepção do ceticismo visando a arte de viver é uma forma de exercitar o pensamento.
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A verdade é uma necessidade humana?
Diego Carmo de Sousa
Licenciado em Filosofia – (UESB)
Mestrando em Filosofia – (UFMG)
Introdução
No livro Memórias da Emília, do Monteiro Lobato (1882-1948), a personagem título, questionada pela Dona Benta, que duvidava que ela soubesse o que era verdade e mentira, respondeu-lhe: “verdade é uma espécie de mentira bem pregada, das que ninguém desconfia” (LOBATO, 2009, p. 13).
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Sofrimento existencial: uma reflexão a partir do documentário Solitário anônimo
ADENAIDE AMORIM LIMA
Doutoranda em Filosofia, UFSM
Introdução
Este texto reflete sobre aspectos do sofrimento existencial presentes no documentário Solitário Anônimo. Fundamentaremos-nos, principalmente, em duas propostas teóricas que nos ajudará a compreender o fenômeno do sofrimento existencial que julgamos estar imerso o Solitário Anônimo, personagem central do documentário. Primeiramente em Alfried Längle (2008), que a partir de uma perspectiva existencial-antropológica e analítica discute tipos de sofrimento, dentre eles o sofrimento existencial, caracterizando-o; posteriormente, analisaremos o sofrimento existencial no contexto do sentimento existencial de Matthew Ratcliffe (2020; 2011), ao estabelecer uma intrínseca relação entre o sofrimento existencial e o desespero ou perda de esperança.
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A Ética da Libertação: Compromisso com a dignidade da pessoa humana
Renato Nunes Bittencourt
Doutor em Filosofia pelo PPGF-UFRJ Professor do Curso de Administração da FACC-UFRJ
Ao longo de 2023 a Filosofia-Teologia da Libertação perdeu dois de seus estimados expoentes, Franz Hinkelammert e Enrique Dussel. Nossa modesta proposta no presente texto consiste em celebrar as suas obras e demonstrar a coerência com esse projeto filosófico enraizado em uma perspectiva de profunda necessidade de mudança do tecido econômico, social e político de nosso mundo colapsado, cheio de progresso técnico, parco de bem-viver devidamente distribuído entre os seres humanos de todas as partes do globo. A partir das obras desses dois pensadores trabalharemos diversos aspectos dessa práxis filosófica que faz da consciência religiosa um mecanismo de transformação social.
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